Roque Silva e Elias Dhlakama estão entre os que não participaram da campanha eleitoral.

Roque Silva e Elias Dhlakama estão entre os que não participaram da campanha eleitoral.

Roque Silva e Elias Dhlakama estão entre os que não participaram da campanha eleitoral.

Faltando 13 dias para a conclusão da campanha eleitoral para as VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV Provinciais, o eleitorado percebe a falta de algumas personalidades importantes das principais agremiações políticas nas atividades de captação de votos, que se encerram no dia 06 de Outubro. 

Essas ausências, visíveis desde o início da campanha a 24 de Agosto, afetam especialmente os três principais partidos do país: Frelimo, Renamo e MDM (Movimento Democrático de Moçambique). Notadamente, figuras que ocupam cargos de liderança ou que já tiveram funções semelhantes estão em falta.

Um dos ausentes mais notáveis é Roque Silva Samuel, ex-Secretário-Geral da Frelimo, que, até o meio-dia de 05 de Maio, era considerado um possível candidato à presidência, sucedendo Filipe Jacinto Nyusi. No entanto, suas aspirações foram frustradas naquela noite de domingo.

Desde o início da campanha, Roque Silva não foi visto em eventos públicos ou em comícios, não participando na mobilização de votos para o seu partido ou para o candidato Daniel Chapo, que foi escolhido pelo Comitê Central da Frelimo após outros candidatos terem sido descartados pela liderança do partido.

A ausência do ex-número dois da Frelimo, que se afastou após perder as primárias internas para Daniel Chapo, é particularmente notável em um momento em que ex-Presidentes da República e do partido, como Joaquim Chissano e Armando Guebuza, estão ativos nas ruas, solicitando votos para seu candidato.

Além disso, Roque Silva não está presente nas plataformas digitais do partido, assim como Daniel Chapo, que está repleto de vídeos de figuras emblemáticas da Frelimo, como Armando Guebuza, Joaquim Chissano e Graça Machel, manifestando apoio ao ex-Governador de Inhambane.

Elias Dhlakama, irmão do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, também não foi visto publicamente promovendo votos para seu partido e o candidato correspondente. Elias, que já perdeu duas vezes a liderança do partido para Ossufo Momade, permanece ausente tanto da campanha eleitoral quanto das plataformas digitais de sua agremiação.

Desde 2020, Elias Dhlakama é deputado e ocupa atualmente a 15ª posição na lista da província de Sofala, em um círculo eleitoral com 19 assentos na Assembleia da República, o que o coloca em uma situação complicada. Ao lado dele está Alfredo Magumisse, que não foi visto realizando campanha desde 24 de agosto.

É importante lembrar que Magumisse foi um dos candidatos derrotados na disputa pela presidência da Renamo em maio e, em junho, denunciou a sua exclusão das listas do partido para a Assembleia da República, o que gerou descontentamento na liderança da legenda e o deixou isolado. Ele ocupa a oitava posição na lista da província de Manica, que tem um total de 16 assentos disponíveis.

No contexto do MDM, chama a atenção a ausência da Secretária-Geral, Leonor De Souza, que também ainda não foi vista pedindo votos para a formação política e seu candidato presidencial, Lutero Simango.

De fato, assim como Clementina Bomba, a atual Secretária-Geral da Renamo, Leonor De Souza tem permanecido discreta desde sua eleição para o cargo em abril de 2022, quando assumiu no lugar de José Domingos, que ocupou a posição entre 2018 e 2022. Assim como outros líderes do partido, Leonor não apareceu em suas plataformas digitais. Além de sua falta de atividade, é importante ressaltar as ausências de outros membros destacados, como Luís Boavida, ex-Secretário-Geral, e Sande Carmona, ex-porta-voz.

Fonte: A Carta

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