Venâncio Mondlane convoca o PGR a aplicar sanções equitativas a todos os partidos.
O líder do PODEMOS, partido que apoia a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, apresentou hoje uma petição contra as irregularidades eleitorais que vêm ocorrendo desde o início da campanha. Mondlane destacou que o objetivo da petição é instar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a aplicar sanções equivalentes a todos os partidos que tenham cometido infrações eleitorais.
“Fizemos esta denúncia como parte do compromisso que assumi ao me dirigir à nação, onde afirmei que abordaríamos casos de injustiças, irregularidades e delitos eleitorais, para que as pessoas entendessem a gravidade da imparcialidade da nossa PGR. Neste momento, a atenção nas redes sociais e em todo o país está voltada para a notificação que recebi da PGR, criando a impressão de que sou o principal infrator neste processo eleitoral”, declarou o candidato.
Além disso, Mondlane informou que seu partido listou casos amplamente conhecidos que não precisam de investigação, uma vez que “tornaram-se virais e as evidências são claras”.
O cerne da acusação, segundo Mondlane, é o uso de recursos públicos durante a campanha de um partido. “É sempre o mesmo partido que comete essas infrações e, para mim, o mais alarmante é a utilização de bens públicos essenciais. Um exemplo é o setor da educação. Recentemente, houve um grande investimento em veículos adquiridos para o Ministério da Educação, destinados a apoiar distritos e áreas de difícil acesso. Contudo, esses veículos, assim como outros registrados, estão sendo empregados na campanha de um partido político.”
O candidato também abordou a utilização de viaturas da polícia na campanha de um determinado partido político. Ele mencionou que, durante a fase de pré-campanha, o candidato presidencial da Frelimo utilizou o avião oficial do governo.
Além disso, a equipe de Venâncio Mondlane destacou preocupações sobre a violência eleitoral, evidenciada pela destruição de materiais pertencentes ao MDM. Mondlane enfatizou a importância de "despartidarizar" as instituições do Estado. "Identificamos mais de 30 ou 40 casos relacionados ao partido no poder, que não começaram agora, mas sim na fase de pré-campanha. Entretanto, não observamos nenhum processo judicial ou registro policial sobre essas ocorrências."
Fonte: O País